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sábado, 8 de agosto de 2009

Alta.

O vento tocou-lhe a alma. Para todos parecia frio, mais pra ela lhe parecia tão quente que nem ao menos a incomodou. Ela que já estava lá em cima de tão distante conseguia tocar o céu e sentir o abismo ao mesmo tempo. Do corpo branco e do beijo amargo, que ela amava e que mal conseguia viver sem, por mais que tentasse, já estava presa aos seus encantos. Que por mas que tentasse mais a encontrava sem querer sem ao menos desejar e nada adiantava tentar fugir! Que no dia seguinte ela sempre se arrependia, ao ver que ela já não estava mais ao seu lado e a cama parecia fria. Sentia-se sozinha, e isso muito a incomodava, de longe o seu silencio a matava. Mais que já acostumara com tal defeito que era tão constante. Não questionou, nem assim própria, e quando deu por si, ela de tanto amor que dizia sentir, já longe estava nos braços de outro alguém que desconhecia. E quando cansada sentia-se voltava àqueles velhos braços de beijos quentes e molhados.

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